"NÃO JULGUEIS"

"Não julqueis para que não sejais julgados"(Mat. 7:1).

Entre as regras de conduta cristã dadas por Jesus no sermão do monte,esta é uma das mais importantes e difíceis.Importante porque o nosso juízo sobre o próximo é uma confissão involuntária do que somos intimamente;e difícil,porque o dom da palavra,aliada à nossa natureza corrompida,nos leva a sempre transgredi-la.

Esta proibição de julgar deve ser entendida no sentido de não julgarmos sem caridade.Há juizo que resulta do simples funcionamento da mente o qual não pode deixar de ser feito sem anular a própria mente criada para isso.Por isso o juizo de que uma pessoa é má pode ser a simples constatação de um fato, e não só isento de maldade mas até recomendado por Cristo para que não atiracem pérolas aos porcos,em nossa atividade em prol do Reino.(Mt.7:6).

Adverte-nos,porém,Jesus de que o nosso juízo a respeito do próximo é a sentença que lavramos sobre nós mesmos."Com a medida com que medirdes hão de medir para vós".Isto já se verifica nesta vida onde os juizos justos ou injustos marcam o julgador,na opinião pública,como digno ou execrável.Diante do tribunal Divino,porém os juízos sobre o próximo,como expressão de nosso caráter,terão consequências muito mais graves.

Lembra Jesus,neste ponto,que a tendência para julgar rigorosamente, o próximo,enxergando um argueiro em seus olhos,é sinal de que temos, nos nossos,uma trave,ou que somos passíveis de condenação por faltas muito maiores.

A maledicência,pois, que é o hábito de assoalhar as faltas do próximo,os juízos descaridosos e, principalmente,as mentiras ou calúnias,são pecados contra a tendência da nossa natureza corrompida que nos leva a usar injustamente a faculdade de julgar, o único remédio é o AMOR.

Aquele que amar o próximo como a si mesmo estará livre de o julgar injustamente.Esse sentimento,porém,só o pode ter quem, unido a Cristo pela fé,ama a Deus como Pai e aos homens como irmãos.

ORAÇÃO

Ó Deus, não nos deixa que venhamos a obter esse erro continuamente,não permita que venhamos a julgar um inocente,mais enche-nos do teu profundo amor para que os nossos juízos sobre o próximo sejam caridosos.E perdoa-nos quando cometemos essa falta que aos teus olhos vem ser uma evidencia da carne.

Que Deus do alto de sua glória respalndeça em nós a luz do seu divino rosto.Amém.

PR.EDNILSON SIMEI MACIEL DE MORAES

(Pr.Auxiliar da Assembléia de Deus em Belém do Pará)

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